O MAC - Movimento Arte Contemporânea inaugura
pelas 19:00 de 2 de Dezembro de 2010
a exposição de pintura
de LUISA NOGUEIRA
ENTRE BICHOS
no Espaço'MAC
Rua do Sol ao Rato 9C Lisboa
Para conhecer e participar da proposta estética e intelectual que Luísa Nogueira nos propõe, há que superar um primeiro nível de análise, pois o que ela manifesta através da pintura e da gravura, à qual também se dedica, são ideias, pensamentos e conceitos plenos de paixão e energia, contundentes na sua construção, no seu tratamento e morfologia.
Diariamente, recolhe-se à pintura com devoção e cria os seus seres encantadoramente misteriosos – na verdade signos flutuantes – que carregam almas, mensagens, significados, visões envoltas nos cenários que as circundam e que transformam em apropriações metafísicas.
Luísa Nogueira consegue através da representação simbólica das imagens e dos ícones, aliar estes dois níveis que são o real, ou a parte da verdade, e o desconhecido, que ultrapassa o nosso entendimento.
Em busca desse desconhecido ou dos impossíveis, traduz igualmente não só os desejos e os conflitos que preenchem o seu imaginário, como ainda a via estética que lhe permite povoar a tela, o papel ou o vazio.
As cores, os relevos, as tintas encorpadas, as sombras, os claros e os escuros, as figuras imprevisíveis, mas harmoniosamente enquadradas, corporizam a sua imagética e tecem simultaneamente a nossa emoção estética, transmitindo-nos algo como uma janela para o infinito, para um mundo que exala odores, desejos, súplicas, segredos e um surpreendente bem-estar, que nos envolve de imediato.
Em cada obra de Luísa Nogueira coexistem vestígios de vários estados sucessivos, onde elementos díspares se correspondem e interagem, tornando-se um depósito, um tesouro de instantes e de formas, revelando-se como espaço diversificado, capaz de preservar a memória de acontecimentos e sonhos múltiplos.
“Entre bichos” mostra-nos, uma vez mais, a sua constante evolução, a sua busca sem fadiga, que faz de cada momento uma conquista, um enriquecimento, uma reencarnação imprevisível.
Álvaro Lobato de Faria
“…Rolando sobre si mesmo, o grande pássaro sem asas, pousou no azul inconsciente do guardião do Templo. Hum! Bramiu este com voz rouca, soltando lamúrias que ecoaram nas transparências dos jardins secretos. Aqui, envoltos pela penumbra os cabritos selvagens, saltavam com eterna tristeza, ao som das harpas nocturnas dos ventos do norte…”
É assim nesta magia que as histórias de Luísa Nogueira decorrem, num delicioso sabor misto de infantilidade e erotismo que ela nos conta com mestria, através de cores sonantes, suaves transparências, movimentos de pinceladas, onde as linguagens do imaginário nos fazem repousar numa pintura adulta e marcante.
Sempre influenciada pelo sol de Portugal, mas marcada pelos cinzentos do norte da Europa, onde viveu alguns anos, Luísa Nogueira vem novamente enriquecer-nos com os seus trabalhos, onde o quente amarelo, os verdes de Sintra e precisas transparências luminosas, contracenam com escuras penumbras, num certo impressionismo, carregado de simbolismo.
A sua soberba pintura vive de grande criatividade e admirável exploração cromática, com vários matizes, subtilmente articulados, texturas marcantes que transfiguram momentos fugazes em instantâneos imaginários de espaço-tempo, numa dimensão irreal.
Luísa Nogueira, é sem dúvida uma referência na pintura portuguesa contemporânea.
Zeferino Silva
Diariamente, recolhe-se à pintura com devoção e cria os seus seres encantadoramente misteriosos – na verdade signos flutuantes – que carregam almas, mensagens, significados, visões envoltas nos cenários que as circundam e que transformam em apropriações metafísicas.
Luísa Nogueira consegue através da representação simbólica das imagens e dos ícones, aliar estes dois níveis que são o real, ou a parte da verdade, e o desconhecido, que ultrapassa o nosso entendimento.
Em busca desse desconhecido ou dos impossíveis, traduz igualmente não só os desejos e os conflitos que preenchem o seu imaginário, como ainda a via estética que lhe permite povoar a tela, o papel ou o vazio.
As cores, os relevos, as tintas encorpadas, as sombras, os claros e os escuros, as figuras imprevisíveis, mas harmoniosamente enquadradas, corporizam a sua imagética e tecem simultaneamente a nossa emoção estética, transmitindo-nos algo como uma janela para o infinito, para um mundo que exala odores, desejos, súplicas, segredos e um surpreendente bem-estar, que nos envolve de imediato.
Em cada obra de Luísa Nogueira coexistem vestígios de vários estados sucessivos, onde elementos díspares se correspondem e interagem, tornando-se um depósito, um tesouro de instantes e de formas, revelando-se como espaço diversificado, capaz de preservar a memória de acontecimentos e sonhos múltiplos.
“Entre bichos” mostra-nos, uma vez mais, a sua constante evolução, a sua busca sem fadiga, que faz de cada momento uma conquista, um enriquecimento, uma reencarnação imprevisível.
Álvaro Lobato de Faria
“…Rolando sobre si mesmo, o grande pássaro sem asas, pousou no azul inconsciente do guardião do Templo. Hum! Bramiu este com voz rouca, soltando lamúrias que ecoaram nas transparências dos jardins secretos. Aqui, envoltos pela penumbra os cabritos selvagens, saltavam com eterna tristeza, ao som das harpas nocturnas dos ventos do norte…”
É assim nesta magia que as histórias de Luísa Nogueira decorrem, num delicioso sabor misto de infantilidade e erotismo que ela nos conta com mestria, através de cores sonantes, suaves transparências, movimentos de pinceladas, onde as linguagens do imaginário nos fazem repousar numa pintura adulta e marcante.
Sempre influenciada pelo sol de Portugal, mas marcada pelos cinzentos do norte da Europa, onde viveu alguns anos, Luísa Nogueira vem novamente enriquecer-nos com os seus trabalhos, onde o quente amarelo, os verdes de Sintra e precisas transparências luminosas, contracenam com escuras penumbras, num certo impressionismo, carregado de simbolismo.
A sua soberba pintura vive de grande criatividade e admirável exploração cromática, com vários matizes, subtilmente articulados, texturas marcantes que transfiguram momentos fugazes em instantâneos imaginários de espaço-tempo, numa dimensão irreal.
Luísa Nogueira, é sem dúvida uma referência na pintura portuguesa contemporânea.
Zeferino Silva
A mostra estará patente até 31 de Dezembro de 2010
horário:
segunda a sexta das 13:00 às 20:00
sábado das 15:00 às 19:00
domingo por macação tm 96 267 05 32
contactos:
tel:21 385 07 89 / 21 386 72 15
tm 96 267 05 32
mais informação em
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