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Direcção, organização e redacção
Álvaro Lobato de Faria e Zeferino Silva

Wednesday, February 22, 2012

Paulo Damião e a galeria MAC,em Março


Paulo Damião
A sombra dos Álamos _ pintura

De 01 a 24 de Março de 2012, o MAC - Movimento Arte Contemporânea e o artista plástico Paulo Damião, mostram na galeria da Av. Álvares Cabral, 58-60, em Lisboa, A SOMBRA DOS ÁLAMOS
A inauguração terá lugar no espaço de exposição, no dia 01 de Março pelas 19h00 e contará com a presença do artista.
Aguardamos a vossa visita.

Abraço amigo,
Álvaro Lobato de Faria.

 A sombra dos álamos
 A última dança
Os cúmplices
 A curiosidade dos pássaros
 O segundo plano
 O vidro-espelho
 Paisagem paralela II
 Paisagem paralela I
  O Ar reflectido


O discurso plástico de Paulo Damião  é uma prática de pesquisa estética e plástica do campo de referentes de vivências anteriores.
 Olhares antigos que perscrutam o espaço exterior procurando, talvez, aquele ou aqueles que lhes coincidam na alma e no tempo, que saibam entender e responder à mágoa ou á dor ou á inquietação ou mesmo ao pudor.

A obra de PAULO DAMIÃO insere-se fundamentalmente no campo da apresentação plástica da comunicação dos mais profundos sentidos .
De acordo com uma das leituras possíveis,  o seu discurso é altamente poético e sereno e apela horizontes que nem sequer nos são alheios; é uma prática referencial na comunicação dos olhares que nos transportam para o entendimento das emoções produzidas pela imagem,  significando, ele mesma, a representação visual de um “objecto” como produção da mente, de um imaginário central das emoções sentidas, transportáveis para outros universos dados a assumir pelo espectador nas formas mais diversificadas do sentir e do ser.

 É exactamente no meio deste Universo único, triste e místico que as figuras inseguras, aterrorizadas e apáticas nos olham nos olhos mas que ao mesmo tempo parecem se querer esconder e proteger tudo de maneira paciente, sem celeridade fazendo com que o observador queira ajudar, mesmo sem saber porquê.
Paulo Damião consegue com tudo isto, um modo de nos fazer navegar num sonho belo, criando em proporção um sentimento de desconforto tendo como resultado uma dicotomia entre o belo e a inquietação do medo, fazendo com que os rostos daquelas vidas nos comuniquem através dos seus olhares brilhantes e oprimidos numa tentativa obsessiva de fuga da qual não se conseguem libertar.

Álvaro Lobato de Faria




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