créditos

Direcção, organização e redacção
Álvaro Lobato de Faria e Zeferino Silva

Friday, October 29, 2010

HILÁRIO TEIXEIRA LOPES no Museu da Água


MUSEU DA ÁGUA / MÃE d`ÁGUA / AMOREIRAS

(comissário Álvaro Lobato de Faria )

inaugura a 23 de Novembro

e estará patente até 18 de Dezembro de 2010


HILÁRIO TEIXEIRA LOPES

DA COLORATURA MULTI-DIRECCIONALMENTE EXPANSIVA

66 Anos de Carreira

Hilário Teixeira Lopes é um pintor inquieto, passando por períodos estéticos diversos, desde a abstracção à figuração, do expressionismo à nova-figuração, tendo sempre presente um forte sentido geométrico nas suas composições.
Quando em 1965, ganha o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso – o mais importante prémio de pintura instituído em Portugal na altura – a sua obra começou a evoluir num sentido cromático pleno de intensidade expressiva, em que os volumes são rigidamente definidos em cores planas e o movimento é dado por múltiplas dicotomias, entre planos e espaços.
Esta evolução culmina em 1969, quando o quadro “Rugby”, conquista o Primeiro Prémio de Pintura na II Bienal Internacional de Desporto em Belas Artes (Madrid). Nessa ocasião, toda a crítica madrilena foi unânime em reconhecer a justiça do prémio e em verificar que o pintor português era incontestavelmente um dos casos mais promissores da pintura contemporânea.
O galardão conquistado confere novos estímulos ao pintor que rapidamente começa a trabalhar na procura de uma solução pictórica, coerente com a sua produção anterior, mas que agora se apresentava plena de qualidades matéricas, onde a exaltação da cor é dada por matizes diversos: da sua paleta explodem as cores quentes do sol e da terra, do sangue dos homens e do azul sideral dos astros.
Na pintura de Hilário Teixeira Lopes, as cores assumem-se como instrumentos, teclados e finas cordas distendidas, construindo na tela uma composição ritmada, impulsiva e vibrátil.
Numa dança de cor, mancha e forma, somos envolvidos numa orquestração cromática, onde a noção de tempo musical é indissociável da linguagem plástica do pintor, assumindo-se como modo de apropriação espacial, criando ritmos e andamentos cromáticos.
Esta noção de tempo e ritmo musical surge logo no processo de trabalho, no gestualismo rápido da aplicação da cor, na pincelada larga e expansiva que o pintor transmite à tela, na metamorfose lumínica com que Hilário anima e ilumina o espaço estanque, tradicionalmente assumido pelo suporte da tela, em repentinas erupções de cores agudas e gestos de impulso.
O nosso olhar segue o cerne ondulatório desse movimento e desta dinâmica vive o pulsar de um estado de paixão.
Depositário de um tesouro de instantes e de formas, Hilário Teixeira Lopes revela-se em espaços e tempos diversificados, mostrando-se capaz de preservar a memória de acontecimentos múltiplos, que não têm outra existência para além dos vestígios que deles subsistem.
Possessiva, intuitiva e apaixonada, a pintura de Hilário Teixeira Lopes reconduz-nos musicalmente ao ritmo da criação e ao gesto, no mais límpido exercício da comunicação humana.

O MAC – Movimento Arte Contemporânea congratula-se, pois, por comissariar esta mostra de carácter retrospectivo, unindo-se à iniciativa do Museu da Água, num projecto de acção e divulgação cultural que em muito prestigia as Artes Plásticas portuguesas.

Álvaro Lobato de Faria
Director Coordenador do MAC
Movimento Arte Contemporânea

  1. série alegria de viver
  2. série alegria de viver

3.série alegria de viver

4.série alegria de viver

o afonsinho e a sua madre

o pintor e o modelo



os anunciados visitantes


o guardião do tempo feliz

as meninas da casa de cima



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HILÁRIO TEIXEIRA LOPES (Resumo Curricular)

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS
Realizou 40 exposições individuais, das quais se salientam as realizadas no Museu Español de Arte Contemporânea, em Madrid, em 1971 (por convite da Comisaria General de Exposiciones / Dirección General de Bellas Artes, Ministerio de Educación y Ciencia de Espanha), no MAC – Movimento Arte Contemporânea – Lisboa (1994, 1997, 1999, 2001, 2002, 2005, 2006 e 2008), Oficinas de Formação e Animação Cultural – C.M. Aljustrel e Forte do Bom Sucesso – Lisboa (2010).


EXPOSIÇÕES COLECTIVAS NO PAÍS (SELECÇÃO):
Participou em cerca de 550 exposições colectivas das quais salientamos, em Portugal: 1950/54 – Exposição do C.A.C.M.A., Sociedade Nacional de Belas-Artes. 1959 – “Salão da Primavera”, Sociedade Nacional de Belas-Artes. “Salões de Arte Moderna”, Sociedade Nacional de Belas-Artes. 1961 - II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. 1963 – Bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian – Paris. 1975 – “Abstracção Hoje”, Sociedade Nacional de Belas-Artes. 1982 - lª Exposição de Arte Moderna "ARUS", Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, e Sociedade Nacional de Belas-Artes. 1983-0 Papel como Suporte, Sociedade Nacional de Belas Artes. 1984/5 - Exposição “Homenagem dos Artistas Portugueses a Almada Negreiros”, Galeria Almada Negreiros, Secretaria de Estado da Cultura. 1986 - Exposição “Operação Ensino Árvore”, Portex, Porto; V Bienal de Vila Nova de Cerveira; Exposição “Artistas de António Arroio”, Sociedade Nacional de Belas-Artes; III Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. 1987 - II Bienal Escultura/Desenho, Museu Municipal António Duarte, Caldas da Rainha. 1988 - I Artejo 88, no Mosteiro dos Jerónimos. 1989 - Exposição de Pintura “Grande Formato”, Galeria Viragem, Cascais; Colectiva de Pintura/Escultura/Desenho, Galeria Ariarte, Lisboa; I Anual Arte Moderna, Lagoa; Colectiva, Galeria de S. Francisco, Lisboa; Exposição Comemorativa do Vigésimo Aniversário da Galeria de S. Francisco, Lisboa; Exposição de Pintura Comemorativa dos 125 Anos do "Diário de Notícias", Galeria DN, Lisboa. 1990 - Comemoração do 33º Aniversário da Galeria Diário de Notícias; I Exposição de Pintura Actual Portuguesa, Idanha-a-Nova. 1991 - I Bienal do Concelho do Sabugal; Exposição do Grupo Paralelo na Galeria Diário de Notícias, Lisboa. 1992 -Colectiva na Galeria Miron, Lisboa; Exposição do Grupo Paralelo na Galeria Loios, Porto; I Lisboarte na Galeria Caixa da Arte, Porto. 1993 – “Pequeno Formato”, Galeria Caixa da Arte, Porto; Cooperativa Árvore, "Exposição de Pintura, Comemorativa dos 90 Anos do Boavista Futebol Clube", Porto; Auditório Municipal de Gondomar, Exposição "Prémio Nacional de Pintura, Júlio Resende". 2007 – Exposição “Obras do Acervo de Arte do Sector Intelectual de Lisboa do Partido Comunista Português. Museu da Cidade – Lisboa. 1994 a 2010 – MAC - Movimento Arte Contemporânea, Lisboa.


NO ESTRANGEIRO:
1961 - II Bienal de Paris. 1963 - IV Salão Internacional Bosio, Monte Carlo, Mónaco. 1965 - VIII Bienal de São Paulo; Universidade de Anchorage, Alasca, USA; Salas H. Setern, Rio de Janeiro; Pavilhão de Portugal, Rio de Janeiro, Brasil. 1968 - Sala de Santa Catarina del Ateneo, Madrid. 1969 - ll Bienal Internacional del Deporte en Las Bellas Artes, Madrid, Espanha. "11 Artistas Portugueses", Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil. 1970 - IX Premi Internacional Dibuix Joan Miró, Barcelona. 1971 - III Bienal Internacional Del Deporte en Las Bellas Artes, Barcelona; X Premi Internacional Dibuix Joan Miró. 1972 -Anne Barchet Galeria de Arte, Madrid; XI Premi Internacional Dibuix Joan Miró. 1979 - Museu de Luanda, Angola. 1982 - 15 Anos de Deporte en el Art, Madrid; Exposição “Operação Ensino Árvore”, Biblioteca Municipal de Bordéus e Associação France-Portugal. Pau, França. 1986 - IX Bienal Internacional Del Deporte en Las Bellas Artes, Barcelona; 1988 - Arte Portuguesa Contemporânea, Museu Nacional de Literatura, Praga, e Palácio Passy, Bratislav, Checoslováquia; "Cinco Maneiras de Ver", Galeria Luise, Hanover, República Federal Alemã 1989 – "Cinco Maneiras de Ver", Dresdner-Bank-Munique, Alemanha. 1989 - Fiera Internazionale di Arte Contemporânea, Bolonha, Itália. 1991 - Fiera Internazionale di Arte Contemporânea, Bolonha, Itália. 1992 - Fiera Internazionale di Arte Contemporânea, Bolonha, – Itália; X Bienal Internacional del Deporte en Las Bellas Artes, Barcelona. 2007/2008 – Mostra Collectiva Associazione Artisti SPA+A di Venezia, Magazzine del Sale, Venezia – Itália.
PRÉMIOS:
Possui 17 prémios, de entre os quais se destacam: O 1º prémio na exposição de pintura na Universidade de Anchorage (USA) em 1965; o Prémio Nacional Souza-Cardoso, em 1965; o 1º Prémio em Pintura na II Bienal Internacional del Deporte en las Bellas Artes, em Madrid, em 1969 (participaram nesta bienal 416 artistas de 32 países); MAC’97 Carreira; MAC’99 Honorário; MAC’2001 Prestígio; MAC’2002 Mérito e Excelência e MAC’2002 Pintura, concedidos pelo MAC-Movimento Arte Contemporânea em Lisboa.
Foi ainda distinguido com a criação, em 2008, do Prémio MAC` Hilário Teixeira Lopes, criado em sua homenagem, para assinalar os artistas cuja obra se insira num campo de intervenções exemplares, ao nível da qualidade e inovação, na categoria de Artes Plásticas. A distinção foi-lhe atribuída pelo MAC, em primeira-mão, pela exposição “Do meu trato expansivo”, realizada em Março/Abril de 2008.

BIBLIOGRAFIA:
Dicionário de Pintura Portuguesa, José Augusto França, Estúdios Côr, Lisboa, 1973. Portuguese 20th Contury Artists, A Biographical Dictionary, Michael Tannock, Phillimore & Co., 1978. Dicionário de Pintura Universal, Vol. II, Estúdios Côr, Lisboa, 1965. Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses ou que Trabalharam •em Portugal, Fernando de Pamplona, Vol. lI 2ª Edição, Livraria Civilização, Lisboa, 1988. The-New York Art Review, Leo Castelli, Ler Krantz Edition, N. York/London. Dicionário de Arte Contemporânea, Editorial Presença. Catálogo Geral de Artistas Ibero-Americanos 1900/1990, Editora Arabet, Madrid,1990. Art Seen In, Helen Hood Reinhold, Palm Beach Illustrated, March, 1981. HILÁRIO - Hilário Teixeira Lopes, Vida e Obra, Quirino Teixeira e Ana Mafalda de Castro Portugal, Edição Tagol, Lisboa, 1990. Aspecto das Artes Plásticas em Portugal, Ed. Fernando Infante do Carmo, 1992. Guia d'Arte 92/93/94, Ed. Artes e Leilões / SECI. Arteguia Directório de Arte España & Portugal, António Villa-Toro, Ed. Fernán Gomez. 10 Anos de Artes Plásticas e Arquitectura 1974/84, Rui Mário Gonçalves e Francisco de Silva Dias, Editorial Caminho, Lisboa, 1985. Catálogo Nacional de Antiquários e de Arte, Estar Edª, 1994/5. Artes Plásticas Portugal-o Artista, seu mercado, Narciso Martins, Adrian Publishers, Porto,1993. Art Diary 1983/4 - The World's Art Directory, Giancarlo Politi Editore, 1993.

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